
A Estrela foi a maior fabricante de brinquedos da América latina e a segunda do mundo com 11.000 trabalhadores.
O primeiro dono da Estrela era um Espanhol, seu nome em realidade era Estrella, ela era dedicada a bonecas de pano e carros de madeira e os negócios muito bem não andavam, ele vendeu sua fábrica para um jovem imigrante alemão, no ano de 1.937.
Se diz que ele saiu por causa da ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha.
o seu novo proprietário a chamou pelo mesmo nome, mas em Português; Estrela continuou fazendo bonecos de pano, carros, caminhões e ônibus, para todos os tipos de mercados, diversificou sua produção e trouxe produtos de qualidade ao consumidor, até as caixas eram diferenciadas com algo de luxo.
Com a morte do Patriarca, sua esposa assumiu o comando do negócio por alguns anos, com bastante sucesso, isso e certo, eles tiveram um filho.
O filho estudou na Universidade de Administração de Empresas nos Estados Unidos, a comunidade alemã recebeu-o de braços abertos, estudou e trabalhou em um grande fabricante de brinquedos Norte-americano, seu dono era também era Alemão e ensinou-lhe a "alma" do negócio.
Estrela já fabricava bonecos da Walt Disney desde o início dos anos 50, além dos brinquedos de lata japoneses, a relação da Estrela com o brinquedo Norte-americano vem quase desde o início, o que foi bem sucedido no chão "Yankee" era trazido pela Estrela para o mercado nacional.
Apenas o trem em escala H.O. é que a Estrela chega em segundo lugar ao mercado, desta vez ATMA (de origem Argentina), está na frente e oferece um excelente produto.
Ele termina seus estudos e retorna ao Brasil com a missão de substituir sua mãe.
Certamente, com uma boa visão de negócios, veio com várias coisas interessantes e uma delas foi, uma caixa de Slot.
Eles viram o potencial, assinando uma colaboração com o gringo de A.C. Gilbert, primeiro importando e depois fabricando, 2 circuitos um em '0' e outro em '8', com quatro Corvettes em cores diferentes, Corvettes de 61 '(Pré-Stinray).
1963
A.C. Gilbert e Estrela.
Este ano o catálogo Estrela estréia no Slot.
É difícil adivinhar como começou, mas a loja de modelos Mobral vendeu conjuntos de A.C. Gilbert, que provavelmente foram importados pela Estrela e deram à loja de São Paulo o exclusivo desse novo Toy Hobby, seria um produto muito caro e bastante seleto, estaria inalcançável para os 98% dos brasileiros.
Estrela estava preparando seu próprio lançamento.
Séries A.C. Gilbert, em caixas, fabricadas pela Estrela.

Depois de muitas voltas parece que esse catálogo é de Natal de 63 ', ele já vinha com litografias de marca Brasileira.
Parece ser que a Estrela lançou seu Modelo Ano em abril, imagino que os produtos mais caros foram apresentados para pedidos de Natal e fabricados sob demanda com quase nenhum estoque, em Natal de 1.963 foi presentado ao publico e foi um sucesso imediato.
Produto que de origem (E.U.A) não estava pensado para competição, certamente foi oferecido nos EUA como uma alternativa econômica e mais voltada para crianças.
Fórmula da foto leva em dorsal-Nº7, dorsal que começou a tomar no Brasil um jovem piloto chamado Emerson Fittipaldi.

Somente o produto é igual ao original, os conjuntos Estrela possuem suas próprias, litografias e caixas.

Este é um conjunto de 63 ', Corvettes em pista de "8".
A caixa do transformador não mudou suas formas durante anos.
Catálogo extenso e detalhado não deixa dúvidas de montagem.
Por não colocar tudo, uma amostra do Circuito mais interessante, com 4 Corvettes de 61 '.

Colunas da ponte.

Material de sobra para dar firmeza ao conjunto.
Abaixo podemos ver o catalogo com o nome AUTO-RAMA, escrito da mesma forma que do conjunto yankee A.C. Gilbert, com os anos as duas palavras se unirão e formarão a palavra autorama, sinônimo de Slot no Brasil.

Este catálogo é de 63 ', para colocar A.C. Gilbert ao pé dele e apenas Corvettes nas fotos.

Ele ainda coloca o nome do fabricante americano, que tem a patente.

A Estrela lança seu Auto-Rama para as lojas nacionais de brinquedos, o mercado já possuía produtos Slot, mas só importados (várias marcas), a preço de ouro e com certeza, com poucas peças para substituir.
Havia lojas dedicadas ao Slot antes de chegar a Estrela, uma delas é o Mobral (não confundir com o MOBRAL, plano de "analfabetismo" do regime militar).
Por aqueles anos e por mais de uma década, as tripulações de companhias aéreas aproveitaram suas posições para passar pela alfândega o que quisessem.
Slot cars deixavam dinheiro e logico que se contrabandeasse.
1/43
1961 Chevrolet Corvette.

Este carro para o menos conhecedores do Corvette, leva ao erro de pensar que é do 58' pela frente que é praticamente a mesma que o modelo daquele ano.
A diferença na parte traseira é visível de lado.

O modelo de 1.963 vai aproveitar uma traseira semelhante, será o famoso Stingray.
Os carros não são realmente 1/32 da escala, são um pouco menor perto de 1/43.
Eles têm todos os detalhes do corpo original, feitos de plástico de qualidade e de bom grossor.

Você olha o logo do Auto-Rama.

Parecia um pouco rude, rodas estreitas e direcionais lhes davam uma aparência de brinquedo, uma pena que ele não montasse o pára-brisa, que montaram algumas versões do A.C. Gilbert.
Sem escova não tinha as trenças e só com contatos de Latão e uma quilha para a pista, era tudo o que segurava o Corvette na pista.
Os carros vistos abaixo não são o que se espera de um carro de Slot de competição.

Sistema de transmissão do tipo rosca sem fim, tipico dos trens elétricos, rodas estreitas e "mixurucas", prometiam pouco em termos de desempenho.

Os decalques são de papel.
Em princípio, o motor era de 5-polos de procedência japonesa, o sistema de transmissão também era usado em outros brinquedos com movimento.

Chassis idêntico ao de A.C. Gilbert, foi fabricado em duas cores, preto e branco, sendo este último com melhor qualidade no plastico.
Comercializado em 4 cores, Amarelo, Verde, Vermelho e Azul, o Autorama da Estrela começou andar.

Essas cores acompanharam os carros da Estrela durante muitos anos.

Tem seus espelhos e suas cobertas de co-piloto.
A propósito, a palavra autorama virou sinônimo de Slot, o mesmo aconteceu na Espanha com a palavra scalextric, para se referir ao Slot.
A.C. Gilbert tirou essa palavra dos grandes salões de carros fora de serie nos EUA, entre outros estavam Autorama e Motorama, shows de carros, carros-conceito, designs futuristas, com o mais recente em avanços técnicos.
A possibilidade de decorar o circuito é bastante grande, é vendida no set ou solta.


Esses elementos de decoração, são feitos pela Estrela, mas em madeira, A.C. Gilbert, também tinhas os seus, mas acreditem de qualidade inferior, a arquibancada por exemplo era de papelão na empresa gringa, os bonecos colocados pela Estrela são de tamanho certo, estão muito próximos da 1/43 (o mesmo que os carros), esses chapéus Mexicanos são demais, parecem que são do brinquedo Forte-Apache (tive um).


Peças para manutenção de automóveis também são oferecidas.
Podemos ver o contador de voltas oferecido pela Estrela, e o mesmo de A.C. Gilbert, mas em cores diferentes, são as tipicas cores utilizadas pela Estrela por aqueles anos, tenho certeza de que foi também fabricado aqui, o estilo (desenho), e bastante tipico dos edifícios (postos de gasolina, lanchonete, pedágios e etc.) usados nas estradas yankees por aqueles anos.

O motor torna-se nacional, é fabricado pela casa de Oxford e foi apelidado como "jacaré"


Motor original de 5 pólos da Oxford (foto de rede).

Aceleradores (controles), são fabricados pela Estrela e cópias do .A.C Gilbert.
Olhe para o marcador de velocidade, gravado.
Os primeiros transformadores.

Curiosamente, esses transformadores trabalham em 14 volts na saída e na entrada de 115 volts.
1964
Estrela, A.C. Gilbert e Scalextric.
Estrela apresenta seu catálogo para 64 ', com um produto yankee e um Inglês.

Na litografia inferior com o "8" simples, se pode ver dois Lotus-16, em azul e vermelho.

No catálogo desse ano, é apresentado um carro da casa Scalextric, um Lotus-16 (pouco sucesso em corridas reais), lançado em 1960 pela marca inglesa de Slot.
Carro completo ou só a carroceria é oferecida.
Tenho serias duvidas que algum de esses carros chegassem ao comercio, alguma coisa aconteceu y ele não foi oferecido, pelo menos da maneira normal.
De qualquer forma, seria o primeiro Estrela em 1/32 para o Slot.

Parece estranho fazer um catálogo com o modelo e no final não vender.
Autêntico carro Scalextric o da foto (baixado da rede).
Naquele ano, a coisa permanece sem novidades, parece que a casa Scalextric deve ter colocado algum tipo de desacordo e não havia notícias.
Curiosamente eles chamam de Carro de Corrida, seria que ele viria de 63 '?

A Estrela expande o produto e faz o seu primeiro carro que eles chamam de "Carro de Corrida", parece mais uma Fórmula Júnior, um produto mais básico que as versões anteriores, talvez focado como uma alternativa mais barata.
Na vida real a Fórmula-Júnior foi criada em 1958 buscando criar uma fórmula de baixo custo, para acessar as corridas, com pequenos motores de 4 cilindros e um peso reduzido teve um desempenho muito bom e vários fabricantes se inscreveram para a nova Fórmula .

O carro da Estrela parece muito com um Stanguellini.
A Fórmula Júnior, alguns anos depois, se tornaria em Fórmula 3.

A cabeça do piloto é do fabricante inglês Scalextric, assim como o corpo é idêntico a outros modelos de Scalextric, Jaguar-D e Ferrari-156 por exemplo, algo me diz que Estrela já tinha assinado para produzir vários carros da marca inglesa.

Ele também poderia passar pelos carros de corrida de terra conhecido como carro anão no pais do Pato Donald.

Montados com motores Miller de 4 cilindros (havia mais categorias), eles tinham 300 a 400 h.p. para 350-KG
Abaixando em altura, vários acessórios de carroceria, alguns retoques aqui e ali, rodas mas acordes, um pouco de pintura, acompanhada de decalques bons, um maquetista faria o carro de Estrela, um anão bom.

O interior do set e da mesma forma que o set do Corvette, dispondo das mesmas cores, também tiveram as mesmas rodas no começo os dois.
Não acho que tenha muito espaço no mercado brasileiro, por causa de suas formas estranhas como carro de corrida.
A escala pode ser desta vez em 1/32 ou possivelmente maior.
Realmente aquele ano foi importante para a Estrela no lançamento do seu novo produto, em Julho (ferias escolares) realizou o seu 1º Festival Aberto de Auto-Rama-Estrela, os pilotos se podiam inscrever em lojas que vendiam produtos Estrela, o carro de corrida é o Corvette 61 ', lançado por ela em 1.963, por essas datas os produtos do catalogo de 64´, 65´ ainda não estavam nas lojas disponíveis, o único modelo era o Corvette.

Feito apenas em São Paulo parece que eles atingiram 1.000 inscritos, muita gente inscrita não se apresentou, entre os que si fizeram estava um jovem Emerson Fittipaldi (já correndo no Kart), terminou em 3º lugar.
Corrida montada nas pistas do AC Gilbert com quatro pistas, com o carro principal da marca o Corvette 61 ', sem trancinhas e guia fixa, tinha uma especie de patins (2), que fazia contato na pista, era o Slot em sua forma mas pura, mas a preparação deles estava presente, com eixos de aço de melhor qualidade, rodas de Alumínio, pneus de borracha e acurtando a relação, com peças que vinham de brinquedos de diferentes procedências.

Um modelo com a preparação da época.
Estrela começará a promover o Slot no Brasil de uma forma mais ou menos oficial, patrocinando corridas em pistas de madeira de sua propriedade.
1965.
Estrela, A.C. Gilbert, Scalextric e Revell.
Repete os conjuntos de A.C. Gilbert certamente com o Fórmula Júnior como modelo econômico.
Este ano a Estrela da um grande salto para o mundo do Slot mais especializado, a inversão sera quase exclusivamente nos modelos, introduzindo 2 chassis novos, duas transmissões de Nylon novas, pneus de borracha com mais qualidade, uma guia móvel com trancinhas e vários modelos novos (3), um deles e de produção própria.
Ela produz outro carro em exclusiva mundial, faz transmissões, eixos, rodas e etc. da marca Scalextric, e também fabrica, chassis, guia, transmissões e rodas bastante similares da marca Revell, Estrela começa a comercializar carros mais sofisticados para competições de clubes.
A única foto que tenho do Circuito de 65 ', é a seguinte y esta claro que e uma A.C. Gilbert, faixas escurecidas e mais alguns detalhes, até os controles são da casa gringa (A.C. Gilbert).

Willys (Gran-Turismo) em pista como grande novidade do Autorama.
Se apresenta 2 referencias em cada circuito, uma 110V. e outra de 220V.
O Ferrari-156 (F-1) se anuncia no catálogo 65’ junto com o Jaguar-D (Sport), olhem no detalhe do teto verde da Berlineta.
Peças de reserva continuam a ser oferecidas para a 1ª Série do Autorama Estrela.
Circuito de 4 pistas com dois Berlinetas e dois Corvettes, ainda se chama “Pista-Dupla”, sendo o Willys-Interlagos pequeno e em 1/32 tem menos diferença com o Corvette que é 1/43 e seria mais combinado em peso .
Oferece 3 conjuntos de pneus diferentes, 2 chassis e 2 transmissões.
Difícil de encontrar decalques da época, melhor do que muitos decalques que usamos hoje, essas chamas eram o máximo.

Eles se encaixam bem, tinham tinta de qualidade (eles não eram transparentes), eles eram baratos para comprar e resistente a choques.
Estrela ainda está vendendo todos os tipos de peças soltas para a manutenção de carros, bem como acessórios para decorar os circuitos, da primeira serie.

O novo chassis tipo caixa é o desenvolvido pela Estrela, os dentes são usados para a distância do eixo dianteiro e é preto ou branco, ele tem duas guias de pivô na frente.

O chassis e composto por 5 peças e vem todas unidas de fabrica, Estrela usou a técnica de dentes por muitos anos para segurar os eixos dianteiros em alguns modelos.
Transmissão da marca inglesa, os pneus foram vendidos avulsos também, inclusive em sacos de uma dúzia.

Pneus comuns a todos os carros, da serie STD.

Bastante melhor que nos produtos dos anos 63´e 64´, buchas de Bronze e a coroa de Nylon de origem Scalextric.
Pneus comuns a todos os carros.
A Estrela tem o 2º carro produzido por ela (1º Formula Junior) e fabrica o seu primeiro chassis com desenho próprio.
O Willys-Interlagos Berlineta, o verdadeiro carro é o resultado de um acordo entre Renault, Alpine e Willys.
A empresa Yankee (Willys) estava passando um mau momento na sua terra, muito pelo contrário ocorre no Brasil, consegue boas vendas com sua linha Jeep e irmãos para o interior do país destinado para o campo, bem como para o serviço público e as Forças Armadas, quer se expandir no mercado de classe média e criar o esportivo.
Em 1959 assinou um acordo para fabricar a gama Dauphine (3 modelos) incluindo o Gordini, a intenção é retirar vendas ao Volkswagen 1.200 que começa a ser um sucesso, depois trazem um R8-Gordini e um A-110, ambos para circuitos.
O Berlineta não é outro carro que um Alpine A-108, em suas três versões Berlineta, Coupe e Cabriolet, o carro original foi bem fabricado.
Lançado em 1961.

O da Estrela não seria menos, o carro estava bem feito.
Estrela também tinha um Interlagos a pedal ou de motor elétrico do Interlagos Cabriolet.

Antes de saber que o Autorama existia, eu estava apaixonado por essa beleza, ele deve estar entre 64 'e 65', pedi um vermelho por 2 anos, Papai Noel não cumpriu sua parte do negócio.

Foi durante algum tempo o produto mais caro do catálogo Estrela.
Voltando a nossa historia, ele faz seu segundo carro com chassi, transmissão, eixos e rodas, junto com a carroceria.
Ele combinou cores diferentes teto e carroceria.

Este é o primeiro chassi preto, olhe para as rodas do carro de caixa.

O chassi parece de plástico de baixa qualidade, dois "pivôs de guia", pneus finos, boa transmissão Scalextric e rolamentos traseiros de bronze.
Na foto abaixo um azul claro, teto e piloto removível, corpo de piloto do A.C. Gilbert.

Este carrega o chassi branco, pode-se dizer que é uma segunda série muito melhor que a primeira.
Essa cor conhecida como Azul-Calcinha, parece atraente.


O Interlagos foi o primeiro carro esportivo fabricado no Brasil.

Em 64 ', o carro da Equipe-Willys, ganhou os 500-KM. de Porto Alegre, 500 km. Interlagos e as 200 milhas de Montevidéu.
Naqueles anos as corridas de resistência dominaram o cenário brasileiro e sul-americano, por isso o farol auxiliar no meio (parece um Ciclope).
Estrela reproduziu a cor do carro de corrida 1964 da Equipe-Willys, mesmo se você olhar para os carros da Estrela, eles têm um farol central simulado como o do carro original.

Rodas de desenho novo.
O carro real colheu vitórias contra carros de maior cilindrada.
Da Equipe-Willys, saíram pilotos autênticos, treinadores e líderes de equipe, que continuaram fazendo parte da História do Automobilismo no Brasil.

Pilotos como Emerson Fittipaldi, Wilson Fittipaldi Jr. e José Carlos Pace, entre outros, dominaram os circuitos com o carro real.

Aqui na versão amarela com assento e interior vermelho o carro do lado é completamente liso sem detalhes vem com decalques fazendo os relevos e buracos.
Rodas de plástico e pneus finos.

O resto era comum a outros carros.
O plástico do chassis parece de melhor qualidade que o preto da primeira série, já tem uma guia mais o menos decente.

O corpo apesar de básico, vinha com decalques que faziam os relevos laterais.
As cores são, azul claro, azul-alpino, vermelho, amarelo com faixa central verde, amarelo, branco e talvez verde (existia um teto verde), telhado transparente como um cabriolé falso, então as versões multiplicadas mudando o teto de uma cor e o corpo de outro, um bom truque, para montar corridas.

Também foi vendido com o teto transparente, fazendo um falso cabriolet.

Apesar de que no ano de 1964 Estrela anunciou um carros da empresa inglesa Scalextric, parece ser que nunca chegou a produzir y vender, mas no ano de 1965 sim e desembarca os ingleses no Slot do Brasil das mãos de Autorama Estrela.
Jaguar-D.

Belo carro inglês.
Comercializado em cores, amarelo, verde, azul, branco e vermelho.

Amarelo.

Carro originalmente feito pela casa Scalextric, traz sua boa transmissão.
A Estrela fabrica e melhora com o passar do tempo.

A foto mostra o modelo em uma cor fosca, este chassi será das primeiras versões.
Rodas em plastico e de raios , também teve as rodas e calotas do Corvette, pneus mais grossos do que o Berlineta.
Para complicar mais o numero de versões, parece que houve uma versão com o chassi Branco e as rodas de Interlagos.

Existe uma versão em branco.
Desta vez entramos na Formula-1 com Scalextric, Ferrari-156 Shark-Nose.
Apresentada pela Ferrari para os novos regulamentos da F1 em 1961, é a primeira Ferrari com motor traseiro, com Phil Hill vencendo o campeonato de pilotos e a Ferrari o campeonato de construtores.
Ele foi o primeiro americano a vencer a Copa do Mundo de F1.

Abaixo você pode ver as diferentes cores que a Ferrari da Estrela foi feita, existem diferentes versões de diferentes anos que podem ser identificadas pelos pneus dianteiros e traseiros e as calotas, as vermelhas, amarelas e brancas pintaram a tampa do tanque e o interior do cockpit, em azul.

Curiosamente, eles dão a ele rodas de Interlagos, essa e a versão básica.

Este é um dos primeiros, ainda carrega as rodas de plástico que são as mesmas do Interlagos.
Os Formula Junior ganham novas rodas e pneus.
Eles são o mesmo que Willys, mas sem cromação.

Eu teria um desses, com alguns ajustes.

O Corvette ganha um chassi de caixa e, finalmente, uma transmissão de qualidade.

Você verá um chassi com uma guia, esta versão é a segunda com este tipo de chassi.
Ganha rodas e pneus com mais presença e uma aderência superior.

Guia é fixa, tem trancinhas para melhorar o contato em pista, as trancinhas só foram ofertadas a partir de 1.965.
O carro ganhou em desempenho e aparência, só parece um A.C. Gilbert por fora.

Eu acho que é a versão mais atrativa, nos 3 anos em que venderam esse modelo.
Com alguns ajustes (pára-brisas a.C. Gilbert Corvette), juntamente com detalhes de pintura, ele estaria na minha coleção.

A estrutura do pára-brisa é metálica em estes modelos e pode atuar como um arco de segurança.
A primeira versão ainda está vendendo solta.

Os kits, Estrela vende uma série de kits com melhor performance para as equipes de corrida (Clubes), eles são melhor acabados na qualidade de plásticos, bem como em detalhes de pintura.
Produzindo um novo chassi Revell de alumínio extensível, o Motor-Jacaré transporta eixos roscados e de qualidade, rodas de alumínio, com as calotas cromadas do Corvette insertadas, bons pneus, e transmissão de origem Revell, possui guia de Nylon.

Varias empresas de Slot no mercado gringo utilizaram esse chassis, inclusive quando adotaram o novo motor 16D de Mabuchi, normalmente os fabricantes contratavam empresas de engenharia para desenvolver os seus produtos e estas com pequenas modificações vendiam praticamente o mesmo produto para a competência.

Penso que por ser de Alumínio as probabilidades de empenar ele nas corridas deveria ser grande.
Os modelos de competição que são vendidos em kits, para corridas de clubes.
O Estrela Jaguar-D é realmente bonito.

O piloto deste modelo vem todo pintado, eu tenho um branco original assim.

As calotas são as mesmas usadas nos primeiros Corvettes, mas agora são cromados, super detalhados e pilotos pintados à mão.

As cores de Estrela eram sempre azul, amarelo, verde, vermelho e branco.
O chassis de alumínio combina com ele muito bem, certamente o desempenho melhorou muito.

Coroa de Nylon não é mais Scalextric, certamente serão do fruto do primeiro acordo com Revell os eixos ainda são finos, curioso a cor dos fios da bobina do motor.
Não me diga que não é o Scalextric Jaguar-D, mais bonito jamais visto.
Interlagos, o novo chassis, grupo de rodagem e motor não se perdem.


No pouco visto branco.
Esta unidade foi recentemente colocada à venda (2.016), pelo modesto preço de R $ 2.000, pouco abaixo de 700,00-EU.

Como as porcas são tão estreitas, elas vão para fora, fixam as rodas com o chassi e a carroceria.
Levará originalmente, rodas e borracha do Corvette.

Certamente cor de pouco sucesso comercial na época.
Na minha opinião eu colocaria rodas e pneus menos exagerados em tamanho.
A Ferrari-156 também tem seu kit com melhores recursos.
Com os padrões da Estrela, eles são bem feitos.

A caixa onde vem o Kit, o carro fotográfico veio na versão básica para conjuntos com rodas de plástico, a versão Kit-Competição vem com as rodas de alumínio e calotas do AC Gilbert Corvette.
Detalhes dos lados da caixa, um deles a bandeira da Itália e o desenho do modelo na versão real.

Achei essa versão na net pelo inestimável preço de R $ 3.500, algo como 1.200-EU, não tem escovinhas, tem o mesmo círculo de contato que os AC Gilberts.
O motor está totalmente fechado pela parte de abaixo.

Este carro que parece totalmente original, tem um sistema de contato curioso, em vez de trenças tem os contatos tipo de A.C. Gilbert estou convencido que nos 2 primeiros anos de comercializar os produtos Autorama, todos os modelos vinham assim.
Corvette 61 'repete também nos kits competição e ganha, chassis, rodas de alumínio, cromo e etc ...

Eles não virão nos sets, apenas individualmente.

Piloto é pintado, junto com o volante. Não sei se houve uma versão de luxo como esta, esta versão está muito bem acabada.
O novo chassis de alumínio é inspirado no Revell, é ajustável (conhecido como tipo escada) para diferentes distâncias do eixo.

Transmissão de coroa de Nylon, parece com o Revell.
É o 3º chassis desenvolvido pela Estrela, motor aberto, com transmissão Revell.
Novo guia de Nylon, abaixo você pode ver o chassis da Revell é idêntico a Estrela, a guia parece muito semelhante se não idêntico.

É claro que a AMT também tinha um chassi idêntico aos dois anteriores.

A Estrela promove um Troféu no Estado de São Paulo, com a Interlagos Berlinetas divulgando sua nova transmissão por coroa, pinhão e o novo chassi.
Três lojas foram publicadas onde você poderia comprá-lo.

Fim 1º parte.